31 de agosto de 2011

Sex and the city

Carrie e Mr. Big.

Assistindo a um dos seriados de que gosto(ava) e refletindo um pouco sobre a vida, não pude deixar de notar como a imagem da mulher é retratada em Sex and the city.
Primeiro, que diabo de mundo é aquele em que as mulheres de 30 só pensam em casamento? É possível notar isso em algumas das personagens da série que, desde a primeira temporada, estão desesperadas para casar. É isso mesmo: desesperadas! Parece até que as mulheres só se sentem realizadas quando casam, e não é verdade.
Depois, dá mesmo para ficar deprimida assistindo aos desencantos dos homens. Imagine que Carrie Bradshaw, logo ela, a bem-sucedida jornalista que sabe (ou deveria saber) tudo sobre sexo, é rejeitada e maltratada pelo namorado (Mr. Big) praticamente a série toda e mesmo assim ainda continua com a ideia de que ele é o homem de sua vida. E ainda se casam no filme, depois de ser abandonada no altar!
Sim! Isso é Hollywood, eu diria! Ou melhor, isso é Platão!
Em termos filosóficos, esse amor a que chamamos de Eros, a paixão, se resume na seguinte equação:
amor = desejo = falta
Mas o que isso quer dizer? Para Platão, vide O banquete, o amor é fruto do desejo, da paixão, que por sua vez é a falta. E isso quer dizer que nunca seremos felizes, pois de acordo com ele, a felicidade é a realização do que queremos, do que desejamos. E se o amor é o desejo do que nos falta, e a felicidade é a realização desse desejo, temos duas escolhas: ser amado e não ser feliz, ser feliz e solitário.
Claro que nem todos os casos são assim e que estou aqui apenas querendo desconstruir a visão romântica de amor. Mas é certo que o amor não está apenas em Eros, mas na Philia.

De certa forma, o que me deixa incomodada, o seriado mostra que as mulheres em geral são necessitadas de amor, de atenção, consumistas, românticas, inseguras e... o pior de tudo, loucas! E nós sabemos que não é assim, que em relação aos conflitos existenciais homens e mulheres são iguais, pois isso é do ser humano.

Fica aqui o meu questionamento: será que a nossa imagem é aquela mesmo?




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